Basílica Santuário homenageia devotos do Padre Cícero e Mãe das Dores no Dia do Romeiro

Basílica Santuário homenageia devotos do Padre Cícero e Mãe das Dores no Dia do Romeiro

Categoria: Basílica

01/11/2016 Por: Daniele Castro/Ingrid Monteiro - Amex


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O penúltimo dia da Romaria de Finados, período em que Juazeiro do Norte (CE) recebe cerca de 600 mil romeiros, conta, anualmente, com a comemoração do Dia do Romeiro. Na data em que a Igreja celebra também a solenidade de Todos os Santos, a “cidade santa” do Ceará dedica o dia 1º de novembro aos protagonistas da grandiosidade das romarias de Juazeiro, devotos de Padre Cícero e da Mãe das Dores, que colocam o chapéu na cabeça e deixem seus lares para seguir em peregrinação em demonstração de fé e devoção.

Como homenagem, todas as celebrações deste dia são dedicadas aos romeiros. Logo pela manhã, às 6h, os fiéis se reuniram  na Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, para celebrar a Santa Missa presidida pelo Padre Pedro, da cidade de São José do Monte-PE. “Hoje, é um dia muito especial, pois celebramos o Dia do Romeiro. Ao voltar da viagem à Juazeiro, o romeiro tem uma missão bonita de viver a fé, participar da vida da Igreja, ser um missionário como foi o padre Cícero. Precisamos evangelizar! O romeiro tem que ir em frente, pegar sua cruz e não desanimar diante das realidades que a vida nos impõe”, motivou.

O sacerdote celebra, anualmente, na Casa da Mãe das Dores sempre durante as romarias. A experiência romeira começou ainda cedo ao lado de seu pai e com os ensinamentos do Monsenhor Murilo, na época pároco da matriz de Juazeiro. “Eu gosto da romaria, me identifico com a romaria. Eu sou um padre romeiro! Por isso, estou aqui hoje para pedir, com vocês, para que a Mãe das Dores interceda por todos nós, por nosso Nordeste, pelo Brasil”, completou.

Experiência romeira

O devoto Paulo Roberto da Silva, residente em Coronel João Sá – BA, já coleciona 57 romarias em seus 36 anos de idade. Assim como ele, milhares de romeiros fazem a experiência de vir à Juazeiro do Norte todos os anos. “Como sempre gosto de dizer, viemos à Juazeiro para viver uma experiência com Deus, encontrar com Deus. Juazeiro, para nós, é terra santa, lugar sagrado e de encontro também com os irmãos e amigos de outras cidades. Vivenciamos a partilha do saber, a partilha da comida, a partilha dos sentimentos. Tudo isso faz com que nos sintamos bem em Juazeiro, isso faz parte da romaria. A experiência de participar das missas, dos momentos penitenciais, da comunhão, do sacramento da confissão com Deus, com Padre Cícero, com Mãe das Dores, com o próximo. Fazer essa experiência do encontro do sagrado e o humano”, declarou o romeiro.

A exemplo de que a Romaria de Finados em Juazeiro do Norte é vivida como uma grande celebração, Paulo afirma que a romaria começa em casa. “Quando nos juntamos e convidamos todos os romeiros, ali começou a romaria, a partir do desejo de vir para esta cidade. O modo de chegar aqui nos faz família, nos faz Igreja. E, para mim, a Romaria de Finados é como o ano novo. Aquilo que eu vim pedir no ano passado, eu venho agora agradecer e traçar metas para o próximo ano, diante da Mãe das Dores e de Padre Cícero, porque quando a gente pede ao Padre Cícero, a gente consegue, a gente alcança”.

Tradição

Paulo é a quarta geração de uma família de romeiros. Recordando sua infância, o devoto contou sobre a tradição da romaria na família. “Meus bisavós conheceram Padre Cícero, eles vinham a pé para cá. Foi passando de geração a geração, meu avô, minha mãe e, então, passou para mim. Desde bebê minha mãe nos trazia, somos uma família de três irmãos e desde essa época eu venho a Juazeiro fazer essa experiência de romaria”, declarou.

Em uma declaração emocionada, Paulo ainda exortou o sentido da romaria. “Essa romaria que eu comecei aqui na terra, eu só vou entregar no céu, a Nossa Senhora, dizendo ‘fui romeiro’. O que eu puder fazer pela romaria, eu farei. Padre Cícero merece, Mãe das Dores merece, Juazeiro, com a sua acolhida, merece. E cumprindo sempre o pedido de Padre Cícero, que não deixássemos de vir a Juazeiro após sua morte. Essa é a alegria do romeiro, vir, participar de toda a programação, trilhar os caminhos sagrados que Padre Cícero trilhou e fazer a experiência com Deus. Acho que se resume a isso: fazer encontro com Deus e com os irmãos. Isso é a romaria!”, concluiu o romeiro.

Programação

O Dia do Romeiro ainda contou com uma homenagem à juventude romeira com missa celebrada às 9h pelo Padre Antônio Romão (Pe. Toninho). A próxima celebração será presidida pelo Bispo Coajuntor, Dom Gilberto Pastana, no largo da Praça do Romeiro, encerrando o dia festivo.  

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