Solenidade de Nossa Senhora das Dores: no coração do Nordeste, Juazeiro se torna o altar da esperança

Solenidade de Nossa Senhora das Dores: no coração do Nordeste, Juazeiro se torna o altar da esperança

Categoria: Basílica

15/09/2025 Por: Patrícia Mirelly Lima | Jornalista


Neste dia 15 de setembro, fiéis e romeiros renovaram a fé diante da Mãe das Dores, que inspira esperança e fortaleza, na cidade considerada o “altar” do Nordeste.

A Paróquia de Nossa Senhora das Dores – Basílica Santuário celebrou nesta segunda-feira, 15 de setembro, o dia solene em honra à padroeira de Juazeiro do Norte e da nação romeira. O momento, aguardado com expectativa por fiéis e peregrinos, coroou dias de intensa devoção, fruto de preparação, oração e comunhão fraterna.

Desde as primeiras horas da manhã, romeiros vindos do Nordeste e de várias regiões do Brasil se reuniram diante do altar, agradecendo a intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, venerada carinhosamente sob o título de Mãe das Dores.

Missa Solene

O bispo diocesano de Crato, Dom Magnus Henrique Lopes, presidiu a tradicional missa das nove horas da manhã, concelebrada por padres do clero cratense e de outras dioceses presentes na Festa e Romaria. Neste ano de 2025, o tema “Peregrinos de esperança: a exemplo do Servo de Deus Padre Cícero Romão, cuidemos da criação” e o lema “Eu sou a Mãe da Santa Esperança!” guiaram o itinerário de fé, reforçando o compromisso com a vida em todas as suas dimensões.

Homilia: “O Calvário não é lugar de derrota, mas o espaço onde nasce a Igreja, gerada no sangue de Cristo e nas lágrimas de Sua Mãe”

Na homilia, Dom Magnus destacou o dom que Jesus concedeu à humanidade ao entregar sua Mãe aos pés da cruz. Recordando a cena do Calvário, o bispo ressaltou que Maria, mesmo no sofrimento mais profundo, permaneceu de pé, sustentada pela fé e pela graça.

“Maria nos ensina que, mesmo nos dias mais sombrios, a fé pode ser mais forte que a morte, e a esperança mais duradoura que o desespero”, afirmou.

O bispo sublinhou ainda que, aos pés da cruz, a Santíssima Virgem estava rodeada de uma comunidade de fé que partilhava dores e esperanças. Assim como Maria se manteve ao lado do Filho, também permanece ao lado de cada romeiro que, em Juazeiro, encontra consolo e renovação espiritual.

“Também hoje, cada romeiro, cada romeira, cada família que vêm aos pés da Mãe das Dores traz no coração suas cruzes, mas também encontra aqui uma comunidade que consola e que reza junto [...] não tenhamos medo de nossas cruzes [...] cada vez que o peso nos parecer insuportável, recorramos à Mãe das Dores. Ela sabe o que significa sofrer [...] mas sabe também que a cruz não é o fim: é passagem para a vida nova”, lembrou.

Ao final, o pastor diocesano pediu aos fiéis que, ao retornarem às suas casas, levassem no coração a certeza de que “com Maria, a cruz não é desespero, mas esperança; não é o fim, mas o início de uma vida nova”.

Programação

Além da missa solene das nove horas, outras duas celebrações foram realizadas pela manhã, às cinco e às sete horas. A programação inclui ainda a bênção do chapéu e a despedida dos romeiros, ao meio-dia, e a missa das 16h, seguida da peregrinação do carro-andor com a Imagem de Nossa Senhora pelas ruas do território paroquial. O encerramento se dará com a bênção do Santíssimo Sacramento e uma salva de fogos.

Todos os momentos contaram com a transmissão da TV Mãe das Dores, no YouTube, e atualizações em tempo real nas redes sociais da Basílica.

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